Grafitos de Banheiro e Comunicação Popular Escrita: Ninguém viu antes?!



Recentemente comentei aqui neste espaço sobre Américo Pellegrini Filho e seu importante estudo na área de comunicação; ele que é um dos nomes citados por Barbosa já em 1984.

Em obra publicada recentemente (2009) Pellegrini Filho nos apresenta o grande universo da Comunicação Popular Escrita (CPE):


A Comunicação Popular Escrita é um universo incomensurável de manifestações verbais, comuns em sociedades letradas e feitas em diversos suportes – mídias e neomídias - em áreas urbanas, sendo de se notar a presença de liberdade de expressão, mimese, constante atualização e reatualização de conteúdo. (PELLEGRINI FILHO, p. 48, 2009).


O grande diferencial desta pesquisa é a sua abrangência geográfica (o autor recolheu materiais escritos de diversos países do mundo), num período compreendido entre 1988 a 2007, contando com a colaboração de algumas pessoas. Nesta empreitada, o autor identifica 22 classes de escritos que se constituem objeto de análise e reflexão de sua pesquisa.

Ninguém viu antes?! É um dos questionamentos que o autor faz logo na introdução da obra, ao que responde: “Se ninguém viu antes, passamos a ver de agora em diante”.  Pellegrini Filho mostra como alguns escritos já estão tão “banalizados” em nossa sociedade de forma que não damos atenção, principalmente quando são práticas consideradas vândalas (como é o caso do nosso objeto, o grafito de banheiro).

Nesta obra, o nosso objeto de estudo é denominado Latrinália e assim como nós já observamos, o autor afirma que a maioria dos trabalhos que tomam esses escritos como objeto de análise, toma-o sob a perspectiva psicológica.

Breve postaremos aqui um breve resumo do estudo do autor acerca do nosso objeto. O post de hoje é só um convite à leitura desta obra que capta a atenção do leitor desde o início nos apresentando o vasto campo da CPE.

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PELLEGRINI FILHO, Américo. Comunicação Popular Escrita. São Paulo: EDUSP, 2009, 696p. + 1CD


Autora: Luana Alves.


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