Privacidade no banheiro


Um direito tão buscado, ao mesmo tempo um conceito tão gasto em nossa sociedade controlada pelo Grande Irmão, a privacidade parece ser uma das exigências básicas para realização do grafito.
A privacidade que nos é garantida no curto espaço/tempo mesmo no banheiro público é algo tão naturalizado que fica difícil pensarmos que um dia isso quase inexistiu. Conforme Fontoura:


A própria definição de “sanitários públicos” já dá indicação de que não se trata de um espaço doméstico. Entretanto, as atividades desenvolvidas nos sanitários são de extrema intimidade, com a exposição, num ambiente público, de algo que as pessoas são acostumadas a expor na intimidade do ambiente doméstico.
 (FONTOURA, 2009, p.3)


 Há pessoas que possuem um tipo de fobia, denominada Paruresis, o que as inibe de fazer suas necessidades fisiológicas caso haja alguém por perto, neste caso, a sensação de privacidade é algo extremamente importante. Entretanto, conforme afirma Steve Soifer, presidente da Associação Internacional de Paruresis, o termo “privacidade” é um termo moderno e diretamente ligado a prosperidade econômica e noções religiosas.
A evolução dos banheiros mostra que este espaço foi se tornando privado aos poucos (ver The Evoloution of the Bathroom and the Implications for Paruresis). Os primeiros banheiros públicos Romanos, por exemplo, eram grandes espaços a céu aberto. As primeiras instalações públicas sanitárias, de acordo com Soifer, só aparecem por volta de 1824, na França.


Nas referências abaixo, você encontra um pouco mais da história dos banheiros.


REFERÊNCIAS:

FONTOURA, Kelly. A influência do design dos sanitários públicos no comportamento dos usuários. Disponível em: <http://teclim.ufba.br/site/material_online/publi
cacoes/pub_art94.pdf >

SOIFER, Steve. The Evoloution of the Bathroom and the Implications for Paruresis. Discponível em: <http://paruresis.org/evolution.htm>

Autora: Luana Alves

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