"Mensagens eróticas de banheiro: histórias reais da vida privada"
No artigo, Mensagens eróticas de banheiro: histórias
reais da vida privada, os autores Daniel Duarte Sagrillo e Orávio de Campos
Soares, apresentam uma breve análise de grafitos encontrados em banheiros
públicos de instituições de ensino pública e particular (escolas e
universiadades). Esse artigo foi apresentado na 7° conferência Brasileira de
Folkcomunicação (2004).
Segundo os autores, a
proposta do trabalho é fazer uma exposição e análise do que se passa no
imaginário das pessoas, que deixam suas inscrições em banheiros públicos de
escolas e universidades públicas e particulares.
Pretende-se,
em primeiro momento, mapear e, depois, expor o conjunto de mensagens e entender
o que é mais corriqueiro neste tipo de comunicação - quais as pretensões e
fatores iniciais que levam as pessoas a deixarem suas impressões nos banheiros
e as diferenças de pensamentos do universo masculino e feminino, em relação às inscrições.
(SAGRILLO, SOARES, 2004, p. 1)
Sagrillo e Soares
iniciam destacando dois aspectos que proporcionam a escrita dos grafitos de banheiro: A privacidade e a possibilidade
d0 anonimato. Além disso, destacam o valor/potencial deste material de escrita
para análise de diferença do gênero, embora o objeto não tenha recebido a
devida atenção por parte de pesquisadores.
Antes de entrar na
análise dos grafitos, os autores percorrem o universo dos grafitos de Pompéia,
destacando o poeta Marcus Valerius Martialis (Marcial), poeta, segundo o autor,
mestre em epigramas com temas obscenos, “cenas de sexo explícito” e sátiras da
vida romana. Trazem ainda o conceito de “bombas mentais” de John D. H. Downing para compreensão do
grafito como uma forma alternativa de comunicação.
“bombas mentais” são as mídias radicais
com “tempero” devido ao grande impulso transgressor que transmitem, talvez até
politicamente (in)corretas, movidas de sátiras, paródias, pornografia
e uma linguagem solta, livre. SAGRILLO,
SOARES, 2004, p.5)
Embora sejam da área
de comunicação, parecem não ter conhecimento da obra Grafitos de Banheiro: a literatura proibida, de Gustavo Barbosa (1984).
Tomam como base o estudo de Plazza (1998), apontando-o, inclusive, como o único
estudo no Brasil acerca do gênero.
Nas indicações
metodológicas, temos que a pesquisa foi realizada na cidade de Campos dos
Goytacazes, Rio de Janeiro, em instituições de ensino públicas e privadas (universidades
e escolas do ensino fundamental e médio). No total, foram 12 instituições, 78
banheiros (39 masculinos/39 femininos). O critério para escolha das instituições
foi o grande fluxo de pessoas de diversos locais (cidade/estado) nestes
ambientes. Nesta pesquisa um grafito pode estar presente em mais de uma
categoria.
Segundo os pesquisadores, em
algumas instituições, nada foi encontrado. Nestas, ele percebeu que havia a
presença de funcionários responsável pela limpeza e vigilância do local ou
campanhas de conscientização para preservação do ambiente.
Na parte destinada a análise dos resultados, os
autores destacam alguns temas e o número de ocorrência, bem como o material de
escrita utilizado. Ao final, informam o que essa análise dos resultados revelou
a prioridade de cada assunto/tema por instituição.
Concluem que o ato de
grafitar é mais comum/frequente em instituições públicas. Segundo eles, os
motivos que levam a essa prática recorrente é a não constante fiscalização dos
banheiros, falta de conscientização em preservar o ambiente. Afirmam que a única
instituição particular onde encontraram grafitos foi a UNIVERSO (Universidade
Salgado de Oliveira), onde não havia fiscalização, tampouco campanha de
conscientização para preservação do ambiente. Outra conclusão a que chegam os
autores, é que nas instituições públicas os grafitos têm cunho intimista,
relacionados a sentimentos, desejos e pensamentos reprimidos pela sociedade.
Enquanto nas particulares aparecem mais escritos de cunho sexual e registro da
presença.
Os autores encerram
destacando que as portas de banheiros têm se tornado um veículo de comunicação,
graças, principalmente, ao anonimato garantido ao escritor e receptor desses
textos.
REFERÊNCIA:
SAGRILLO, Daniel Duarte; SOARES, Orávio de Campos. Mensagens eróticas de banheiro: histórias reais da vida privada. 2004. Disponível em: https://encipecom.metodista.br/mediawiki/index.php/Mensagens_er%25C3%25B3ticas_de_banheiros:_hist%25C3%25B3rias_reais_
da_vida_privada+&cd=1&hl=pt Acesso em 20 Abr. 2014.
Autora: Luana Alves
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