Grafitos carregam história



Semana passada (08 a 17 de novembro), ocorreu aqui em salvador a XI Bienal do Livro da Bahia. Em um stand havia algo sobre cultura popular, mas nada relacionado ao nosso tema (grafito de banheiro). Assisti algumas palestras, comprei alguns livros e, como pesquisadora atenta,  não deixei de passar no banheiro do Centro de Convenções.

As reformas e limpeza constante tem sido um dos desafios encontrados nesta pesquisa (já mencionei isso em outro post), por isso, atualmente chego aos banheiros com certa cautela. O banheiro estava vazio, nada encontrei na primeira cabine, exceto um adesivo colado a porta com a propaganda de um papel higiênico.


Na cabine ao lado, porém, havia bastante grafitos. Diversas temáticas. Um deles, bem discreto, dizia o seguinte: Bienal 2011





Um grafito típico daqueles “Estive Aqui”, como simples forma de marcar presença.


Destaco esse grafito em especial só para mostrar o potencial dos grafitos a nível de história, e como essa história, assim como a história dos muros (no caso do grafite/pichação) tende a se perder, pois é efêmera. Foi assim no caso dos escritos de Pompéia. Diferente da importância que ganhou os escritos da antiga cidade italiana a ponto de se tornarem patrimônio histórico, os grafitos e grafites/pichações continuam marginalizados, subalternizados, vistos com maus olhos, portanto “apagados”.


Se quiser conferir mais alguns grafitos encontrados em banheiros femininos do Centro de Convenções de Salvador, acesse o nosso tumblr <http://grafitosdebanheiro.tumblr.com/>.


Autora: Luana Alves.


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