Você já conhece o ‘Letras nas Ruas’?

Logotipo do blog e do tumblr Letras nas ruas



No dia 10 de outubro de 2013, o site Agenda Arte e Cultura Ufba, divulgou a pesquisa desenvolvida pelo estudante Evanilton Gonçalves (que cursa Letras Vernáculas na Universidade Federal da Bahia e que é bolsista de Iniciação Científica) e pelo seu orientador, o professor doutor Antonio Marcos Pereira que faz parte do Departamento de Letras Vernáculas da UFBA e que, como já dissemos aqui, também orienta nossas pesquisas.

Desde o ano passado, Evanilton e Antonio Marcos têm trabalhado com a temática do grafite e de sua produção no contexto da cidade de Salvador, Bahia. Nesse sentido, eles têm compreendido o grafite como uma prática de letramento e investigam questões tais como: “como ler as letras nas ruas, o que é ler isso, o que é fazer isso.”.

As ferramentas de divulgação dessa pesquisa são o blog e o Tumblr, ambos intitulados Letras nas Ruas. O Tumblr, por exemplo, consiste num relevante arquivo/acervo virtual composto por imagens de grafites que se encontram espalhados pelos muros da cidade de Salvador. E, quem acessa essas ferramentas, percebe que o projeto não para, uma vez que é atualizado continuamente com novas informações e com novas imagens.

O Letras nas Ruas tem tudo a ver com o projeto que nós desenvolvemos aqui.  Não só por considerarmos que o grafite e o grafito de banheiro apresentam uma origem comum (as inscrições rupestres), mas também por que eles se constituem em práticas de letramento vernacular. E é isso que faz com que nossas pesquisas façam parte de um mesmo projeto, que é coordenado pelo professor/pesquisador Antonio Marcos Pereira: o Explorações metodológicas no estudo dos Letramentos Vernaculares, cujo foco é, obviamente, o estudo dos letramentos vernaculares.

Para quem não está ainda por dentro do que são os letramentos vernaculares, é importante esclarecer, mesmo que brevemente, que eles correspondem às práticas de leitura e escrita que se originam na vida cotidiana e que são frequentemente desvalorizados ou desprezados socialmente. Incluem-se nessa categoria, por exemplo, o grafite, a pichação e os grafitos de banheiro, conforme dissemos anteriormente. 

Ficamos felizes com o reconhecimento do projeto deles, pois isso contribui para que as práticas de escrita urbanas que circulam na vida cotidiana recebam mais atenção não só de pesquisadores, mas do público em geral.

Entretanto, vale ressaltar que, embora o texto (cujo autor é Igor Tiago), do site Agenda Arte e Cultura Ufba, sirva para divulgar uma prática de letramento que é marginalizada socialmente, o último parágrafo traz a conhecida dicotomia grafite X pichação, com base apenas no fato da autorização legal para prática ou não e colocando a pichação como prática de vandalismo, colocação com a qual Evanilton e seu orientador não compartilham. A diferença entre grafite e pichação para eles vai muito além disso.

Para saber mais sobre o Letras nas Ruas, inclusive sobre a relação/distinção entre grafite e pichação, basta acessar os links a seguir:



Você pode conferir a notícia veiculada pelo site Agenda Arte e Cultura Ufba aqui:


Autora: Aline Matias e Luana Alves.


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